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Lili Elbe

Einar Magnus Andreas Wegener

Lili Elbe (Vejle, Dinamarca, 28 de dezembro de 1882 — Dresden, Alemanha, 13 de setembro de 1931), atribuída como Einar Wegener ao nascer, foi uma artista de sucesso mais conhecida com esse nome. Sua maior significância histórica vem de ter sido uma das primeiras pessoas a submeter-se a uma cirurgia de redesignação sexual, depois da pioneira Dora Richter. Morreu em consequência de complicações (assim como rejeição do órgão transplantado) da primeira tentativa de transplante de útero da humanidade.


Após a realização da mencionada cirurgia, ela abandonou legalmente seu nome de nascimento e adotou a identidade Lili Elbe Elvenes. Mesmo com seu talento, decidiu abandonar a pintura, por entendê-la como parte de sua existência anterior a ser deixada para trás para se ver independente das memórias da vida de Einar.


Atribuída como do sexo masculino ao nascer, sentiu ”pertencer ao corpo errado” em uma certa fase de sua idade adulta ao acaso, quando sua até então esposa Gerda Wegener pediu para que posasse como substituta de uma de suas modelos femininas que havia faltado no dia. A amiga de Gerda, Anna Larsen, insistiu que ela (na época Einar) posasse, e ela, com certa resistência no início, acabou cedendo. "Não posso negar, pode soar estranho, mas me senti bem na maciez das roupas femininas", escreveu Lili.


Enquanto ainda se denominava Wegener, conheceu Gerda Gottlieb no Royal Danish Academy of Fine Arts em Copenhagen, casaram-se em 1904, quando ela tinha 22 anos de idade e sua então esposa 15. Ambos trabalhavam como ilustradores: Elbe especializada em paisagens e Gottlieb ilustrava para livros e revistas de moda. Gerda Gottlieb não encontrou uma modelo para fazer uma ilustração desde o inicio do questionamento de gênero de Elbe, sendo recorrente, desde então, seu apoio e ajuda emocional à transição para o gênero feminino de Lili. Mesmo após a morte de sua Lili em 1931, Gerda Wegener continuou a fazer pinturas dela.


Lili passou por várias operações na Clínica de Kurt Warnerkros em Dresden. No livro, o doutor Kurt é descrito como um homem de ilimitada potência masculina, como “salvador e criador de Lili”. O tratamento custou o equivalente a 12 mil libras de hoje, levantadas por Wegener com a venda de suas pinturas. Os procedimentos médicos sofridos por Lili, se foram documentados, permanecem desconhecidos em suas especificidades até hoje, pois o Instituto da Pesquisa Sexual (Institut für Sexualwissenschaft) foi destruído pelo movimento nazista em maio de 1933. Na biografia "Man into Woman", que publica vários diários e várias cartas de Elbe, assim como conversas com o editor do livro, Niels Hoyer, são esclarecidos alguns detalhes de seus procedimentos cirúrgicos.


Além do fatídico transplante de útero e da remoção dos testículos, foram também enxertados ovários femininos no corpo de Lili. Em suas memórias, cogita-se a possível descoberta, numa das operações, que Lili possuísse pequenos ovários não desenvolvidos.


No ano anterior ao da sua morte, Lili Elbe divorciou-se de Gerda (o divórcio foi oficializado no dia 6 de outubro de 1930.), abandonou a pintura e começou uma relação amorosa com um marchand francês. “Não é com o meu cérebro, nem com os meus olhos ou minhas mãos que desejo ser criativa mas com meu coração e meu sangue”, escreveu. “O maior desejo na minha vida de mulher é ter um filho”.

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