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Cristóvão de Figueiredo

Cristóvão de Figueiredo

Cristóvão de Figueiredo (Portugal, ? - c.1543) foi um pintor português do Renascimento da primeira metade do século XVI, examinador do ofício e pintor do infante-cardeal Afonso de Portugal (1509–1540), filho do rei D. Manuel I e irmão de D. João III.

Ignoram-se os locais do seu nascimento e da sua morte. A sua vida e a sua atividade artística encontra-se, porém, documentadas de 1515 a 1543. Casado com Ana Pires, filha do mestre régio das obras de carpintaria Pero Anes e de Beatriz Afonso, teve um filho chamado Pedro de Figueiredo, moço de câmara do infante D. Afonso; era cunhado de Isabel Pires, mulher do arquiteto francês João de Ruão.

De uma Escritura de “Renunciação e Encampação” de um emprazamento em três vidas com data de 11 de Junho de 1543, documento esse que foi encontrado por João de Lacerda ficou a conhecer-se a vida e obra de Cristóvão de Figueiredo.

Foi aluno da oficina lisboeta, orientada por Jorge Afonso, pintor régio de D. Manuel I, onde passaram numerosos artistas alguns dos quais constituíram uma segunda geração de pintores que viria a alcançar grande importância.

Tinha oficina e morava em Lisboa, na Rua da Mangalassa, na freguesia de Santa Justa. Existe documentação que se encontrava nesta cidade em 1515 e por ocasião da peste de 1518-19. Esteve posteriormente em Coimbra no ano de 1530, em Lamego em 1533-1534, e novamente em Lisboa a partir de 1538.

Como desenhista, trabalhou para o rei D. João III e fez esboços de painéis que haviam de ser pintados por outros artistas, como é de crer que tenha acontecido com os do retábulo do altar-mor da Igreja de Valdigem, encomendado ao pintor Bastião Afonso.

Trabalhou como examinador de pintores em 1515. Cerca de 1518-19 trabalhou nas obras para a Relação de Lisboa sob a chefia de Francisco Henriques, juntamente com André Gonçalves, Gaspar Vaz, Gregório Lopes, Garcia Fernandes, entre outros artistas, entre os quais sete pintores flamengos.

Entre 1522 e 1533, por encomenda do rei D. Manuel I, trabalha na pintura do Políptico do Mosteiro de Santa Cruz da capela-mor do Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, que lhe foi atribuído primeiro por Teixeira de Carvalho, com base numa carta de Gregório Lourenço, vedor das obras do mosteiro, que, em 19 de março de 1522, escreve a D. João III e, entre outras coisas, faz-lhe saber que o retábulo grande da capela mor, já concluído na parte da marcenaria, precisa de ser pintado.

A 20 de maio do mesmo ano, o rei, recomendando que se acabem algumas obras do mosteiro e se façam outras, menciona a pintura do referido retábulo. Em 07 de outubro de 1530, Cristóvão de Figueiredo estava em Coimbra, possivelmente a trabalhar no retábulo, visto que assina como testemunha, na casa do Conselho de Santa Cruz, um contrato entre o Padre Frei Brás, governador do Mosteiro, e o arquiteto francês Hodart, para execução do passo da Ceia de Cristo.

Dos seus quadros neste retábulo, de que foi entalhador Francisco Lorete, destacam-se A Deposição de Cristo no Túmulo, A Invenção da Cruz, Ecce Homo e Milagre da Ressurreição do Mancebo. Há diversas características destas obras que levam a supor que foram realizadas em parceria.

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