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Álvaro Pires de Évora

Álvaro Pires de Évora

Alvaro Pires d'Évora, (fl. 1411-1434), foi um pintor português do começo do século XV.


Pouco se sabe sobre a vida do pintor Álvaro Pires de Évora, sendo desconhecidas tanto a sua data de nascimento, como a da morte. Conhecido por Álvaro Pietro di Portugallo, tem duas assinaturas conhecidas: Alvarvs Petri de Portogallo, em italiano, e Álvaro Pirez Devora, em português (pelo menos num quadro); de onde se pode deduzir que foi para Itália em adulto uma vez que sabia escrever em português. Apresenta como estilo dominante a chamada Pintura Florentina do Primo Quatrocento.


Não se conhece documentação acerca de Álvaro Pires antes de 4 de novembro de 1410, quando juntamente com Niccolò di Pietro Gerini, Lippo d'Andrea, Ambrogio di Baldese e Scolaio di Giovanni realizou pinturas murais (afrescos), actualmente perdidas, na fachada do Palazzo del Ceppo, em Prato, obra desenvolvida até 16 de junho do ano seguinte, quando a equipa de pintores recebeu o último pagamento.


O percurso cultural do pintor moveu-se entre Florença e Siena, de 1411 a 1434, sendo Pisa e Volterra as cidades onde residiu após um período inicial em que teve residência na região de Florença. Os clientes da pintura de Álvaro Pires dividem-se entre as ordens religiosas e a rica burguesia mercantil italiana.


Klara Steinweg situa Álvaro Pires no ambiente artístico florentino, confirmando como as primeiras obras que lhe estão associadas evidenciam que na década de 1420 a presumível formação em Pisa com Turino Vanni já havia sido enriquecida com o conhecimento das obras de Lorenzo Ghiberti, Gherardo Starnina e Lorenzo Monaco. O resultado dessas várias influências bem assimiladas e reelaboradas em virtude de uma personalidade certamente forte, constitui uma síntese original e inconfundível que, como refere Andrea De Marchi, "oferece uma execução meticulosa em pinceladas cuidadosamente entrelaçadas, com gosto pela finura e evidência gráfica".


A partir de 1420 já há obras claramente reconhecíveis pelo estilo de Álvaro Pires: o Tríptico que incluía a Virgem e o Menino e que está actualmente no Museu Giovanni Fattori, em Livorno, e o painel com Santa Catarina de Alexandria e S. Tiago, que está em coleção privada, e a pala de retábulo proveniente da igreja de Santo Agostinho, em Nicósia, e conservada no Museu Nacional de São Mateus, de Pisa. Klara Steinweg aproximou o Díptico da Anunciação em especial precisamente à Virgem e o Menino de Nicósia, embora a criação deste Díptico actualmente seja antecipada em cinco anos face à hipótese da erudita alemã. A datação em torno de 1415, avançado por Federico Zeri por motivos estilísticos, foi recentemente reafirmada por Linda Pisani, também com base em provas documentais. Actualmente considera-se a criação do Díptico da Anunciação numa data posterior, tal como o Tríptico de Volterra, sendo este um dos trabalhos cruciais no percurso de Álvaro Pires, no qual o uso de elementos colhidos de Starnina e de Lorenzo Monaco levaram Álvaro Pires a um novo patamar de maturidade.


No que respeita às primeiras referências historiográficas a Álvaro Pires, são as seguintes: uma de Giorgio Vasari na obra Le Vite de' più Eccellenti Pittori, Scultori e Architettori, publicada em 1808, em Itália, e a segunda de José da Cunha Taborda, na obra Regras da arte da pintura datada de 1815, em Portugal.

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