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Paula Rego

Paula Rego

Maria Paula Figueiroa Rego GCSE • OBE (Lisboa, 26 de janeiro de 1935) é uma pintora portuguesa.

Filha de José Fernandes Figueiroa Rego (c. 1907 - Londres, 1966), engenheiro electrotécnico, e de sua mulher Maria de São José Avanti Quaresma de Paiva (14 de Fevereiro de 1909 - Londres, 2001), e neta paterna de José Figueiroa Rego (c. 1885 - ?) (irmão de Ludgera e Balbina) e de sua mulher Gertrudes Fernandes (c. 1890 - 1943).

Oriunda de uma família burguesa, de tradição republicana e liberal, Paula Rego tem ligações às culturas inglesa e francesa. Iniciou os seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, em Loures, seguindo para a St. Julian's School, em Carcavelos, onde os professores cedo lhe reconheceram o talento para a pintura.

Incentivada pelo pai a prosseguir o seu desenvolvimento artístico fora do país salazarista dos anos 50, partiu para Londres, onde estudou na Slade School of Fine Art, até 1956.

Em Londres conheceu o pintor Victor Willing (1928-1988), com quem se casou em 1959.

Ao longo da década de 1960, a viver na Ericeira, continua a participar em exposições coletivas em Inglaterra e, em 1966, entusiasma a crítica ao expor individualmente pela primeira vez, na Galeria de Arte Moderna da Escola de Belas-Artes de Lisboa.

Em princípios da década de 1970, com a falência da empresa familiar, vende a quinta da Ericeira e radica-se em Londres.

Torna-se bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian para fazer pesquisa sobre contos infantis, em 1975, e figura com 11 obras na exposição Arte Portuguesa desde 1910 (1978), dominado pelas colagens.

Volta à pintura, mais livre e mais direta, retratando o mundo intimista e infantil, inspirado em dados reais ou imaginários, com figuras de um teatro de crianças de Victor Willing (o macaco, o leão e o urso). A obra literária de George Orwell inspira-a em seguida no painel Muro dos Proles (1984), com mais de seis metros de comprimento, onde estabelece um paralelismo com as figuras de Hieronymus Bosch.

Dá uma viragem radical na sua obra com a série da menina e do cão. Nela, a figura feminina assume claramente a liderança na acção, enquanto o cão é subjugado e acarinhado. A menina faz de mãe, de amiga, de enfermeira e de amante, num jogo de sedução e de dominação que continua em obras posteriores. Tecnicamente as figuras ganham volume, o espaço ganha solidez e autonomia, a perspectiva cenográfica está montada.

Em 1987 Paula Rego assina com a galeria Marlborough Fine Art, o passo que ainda faltava para a sua divulgação internacional. A morte do seu marido, ocorrida em 1988, é assinalada em obras como O Cadete e a Irmã, A Partida, A Família ou A Dança, de 1988.

A convite da National Gallery, em 1990, vai ocupar um ateliê no museu e pintar várias obras inspiradas na colecção. Desse período destaca-se Tempo – Passado e Presente (1990-1991).

Em 1994 realiza a série de pinturas a pastel intitulada Mulher Cão, que marca o início de um novo ciclo de mulheres simbólicas.

Demonstrando uma crítica ao resultado do primeiro referendo ao aborto, realizado em Portugal em 1997, pinta Aborto (1997-1999).

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