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O Quarto Estado

Giuseppe Pellizza da Volpedo

O Quarto Estado

Giuseppe Pellizza da Volpedo
  • Título Original: Il Quarto Stato
  • Data: 1899 - 1901
  • Estilo: Social Realism, Divisionismo
  • Género: pintura de gênero
  • Materiais: oil, canvas
  • Dimensões: 293 x 545 cm
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    da pintura a óleo




O Quarto Estado (em italiano: Il quarto stato) é uma pintura a óleo sobre tela (293×545 cm) do pintor italiano Giuseppe Pellizza da Volpedo (1868-1907), concluída em 1901 e conservada no Museu do Novecento em Milão.


O Quarto Estado descreve um grupo de trabalhadores marchando em protesto numa praça, presumivelmente a Malaspina de Volpedo. O avanço do desfile não é violento, mas lento e seguro, para sugerir uma sensação de inevitável vitóriaː foi intenção de Pellizza dar vida a "uma massa popular, de trabalhadores da terra, que inteligentes, fortes, robustos, unidos, marcham como torrente esmagadora de quaisquer obstáculos que surgem para atingir o lugar onde encontra o equilíbrio».


Variado é também o significado da pintura, que se destaca do das obras anteriores Embaixadores da fome e Torrente; enquanto nestas Pellizza apenas quis representar uma manifestação de rua, como acontecera com outras obras contemporâneas (entre as quais La piazza Caricamento de Plinio Nomellini e L'oratore di sciopero de Emilio Longoni), neste caso o autor pretende assinalar a ascensão da classe trabalhadora, o "quarto estado", ao lado da classe burguesa.


Em primeiro plano, na frente da multidão em protesto, estão três figuras, dois homens e uma mulher com uma criança nos braços. A mulher, a que Pellizza deu os traços de sua esposa Teresa, está descalça, e incita com um gesto eloquente os manifestantes a segui-la: a sensação de movimento encontra expressão nas inúmeras dobras do seu vestido. À direita da mulher segue aquele que é provavelmente o protagonista da cena, um "homem de cerca de 35 anos, orgulhoso, inteligente, trabalhador" (como disse o próprio Pellizza) que, com uma mão no bolso e a outra segurando o casaco ao ombro, avança com desenvoltura, graças à solidez do cortejo. À direita deste vai um outro homem que avança em silêncio, pensativo, com a jaqueta caida sobre o ombro esquerdo.


A quinta personagem constituída pelo resto dos manifestantes dispõe-se num plano frontal: estes últimos dirigem o olhar em direções diferentes, o que sugere que têm o controle pleno da situação. Todos os camponeses têm gestos muito naturais: alguns levam crianças pela mão ou ao colo, outros colocam a mão sobre os olhos para proteger-se do sol e outros simplesmente olham em frente.


As figuras dos camponeses estão dispostas horizontalmente, de acordo com os ditames da composição paratáxica: nesta solução de composição, se por um lado recorda o classicismo do friso, por outro evoca de forma contudente uma situação muito realista, que pode ser - por exemplo - uma manifestação de rua. É desta forma que Pellizza combina "valores referentes à civilização clássica antiga com a consciência moderna dos próprios direitos civis"; esta combinação também se manifesta nas reminiscências renascentistas da obra, que se inspira na expressividade das figuras diretamente de obras-primas como Escola de Atenas de Rafael e Última Ceia de Leonardo da Vinci.


Na tela vêem-se os rostos de muitos amigos de Pellizza, muitos deles da sua nativa Volpedo. Com referência à imagem ao lado, indicam-se a seguir os modelos que posaram para o artista na execução de O Quarto Estado:

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