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Edmonia Lewis

Mary Edmonia Lewis, "Wildfire"

Mary Edmonia Lewis (Greenbush, 4 de julho de 1844 - Londres, 17 de setembro de 1907) foi uma escultora estadunidense que trabalhou boa parte da vida em Roma. Foi a primeira mulher de ascendência afro-americana e nativo-americana a alçar fama internacional e a ter reconhecimento como escultura e artista. Seu trabalho é conhecido por incorporar temas relacionados às suas origens com o estilo neoclássico da escultura. Seu nome começou a se tornar conhecido durante a Guerra de Secessão e no final do século XIX era a única negra a ser reconhecida no meio artístico do país. Em 2002, Edmonia Lewis foi incluída na lista dos 100 Grandes Afro-americanos.


Edmonia nasceu em Greenbush, no condado de Rensselaer, no estado de Nova York. Seu pai nasceu no Haiti e sua mãe era da tribo Mississauga, uma das primeiras cinco nações da região do Lago Ontário, no Canadá, aparentada dos Ojibwe. A mãe de Edmonia era conhecida como uma excelente tecelã e artesã, enquanto seu pai era servo de um cavalheiro. A história e origem de sua família serviu de inspiração para muitos de seus trabalhos.


Aos 9 anos, seus pais faleceram: o pai em 1847. Duas de suas tias por parte de mãe a adotaram junto de seu meio irmão Samuel, nascido em 1835 de seu pai e sua primeira esposa no Haiti. A família acabou saindo do Haiti, indo para os Estados Unidos e Samuel acabou órfão de pai.


As duas crianças permaneceram com as tias, morando próximo às Cataratas do Niágara, por cerca de quatro anos, vendendo arte Ojibwe para prover o sustento da família, junto de blusas e sapatos mocassins para os turistas que visitavam as cataratas, Toronto e Buffalo. Por volta dessa época, Edmonia e seu irmão ganharam nomes nativo-americanos: ela era Fogo Selvagem e seu irmão era Raio de Sol. Em 1852, Samuel mudou-se para São Francisco, deixando Edmonia para cuidar de seu antigo patrão, mandando-lhe dinheiro para sua educação e instrução.


Em 1856, Edmonia matriculou-se no Colégio Central de Nova York, em McGrawville, uma escola batista e abolicionista. Nas férias de verão de 1858, Edmonia teve aulas preparatórias para a faculdade, mas ela acabou abandonando o curso, pois a achavam "muito selvagem".


Em 1859, aos 15 anos, Edmonia foi enviada para o Oberlin College para estudar arte, uma das primeiras instituições de ensino superior nos Estados Unidos a aceitar mulheres em suas classes de diferentes etnicidades. Deixou a instituição em 1859, tendo morado na casa do Reverendo John Keep e sua esposa, ambos brancos. John Keep era membro do conselho de curadores do Oberlin College, um abolicionista ávido e apoiador da educação conjunta.


Durante o ano letivo de 1859-1860, Edmonia se matriculou no Departamento Preparatório para Moças, que provia disciplina, etiqueta e habilitação para lecionar para jovens moças. No inverno de 1862, vários meses antes do início da Guerra de Secessão, enquanto ainda estudava no Oberlin College, um incidente aconteceu, envolvendo a ela e duas colegas de classe, Maria Miles e Christina Ennes. As três moças, todas hospedadas na casa de John Keep, planejavam andar de trenó com alguns rapazes mais tarde naquele dia. Antes do trenó, Edmonia serviu às amigas um copo de vinho com alguma substância. Pouco depois, Miles e Ennes ficaram gravemente doentes. Os médicos as examinaram e concluiu que as duas mulheres tinham algum tipo de veneno em seu sistema, aparentemente cantárida, um afrodisíaco bem conhecido. Dias depois, com a recuperação das duas moças, as autoridades decidiram não tomar nenhuma atitude e não havia evidência de que Edmonia as teria envenenado.

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