Período Taishō (1912–1926)
Movimento Artístico
O período Taishō (大正時代, período Taishō?) foi um período cheio de problemas políticos e econômicos para o Japão. Ocorreu de 30 de julho de 1912 até 25 de dezembro de 1926, ou seja, durante o reinado do Imperador Taishō.
Com o desenvolvimento da industrialização nos principais países ocidentais, deu-se a competição pela busca de matérias-primas e a conquista de mercados internacionais, para a colocação de seus produtos.
Naquela ocasião, destacou-se a Alemanha que, embora tivesse alcançado o seu desenvolvimento industrial após as outras nações poderosas, avançou também na conquista de mercados, cujo dinamismo logo veio causar conflitos com a Inglaterra e a Rússia. Estas duas potências, perante aquela situação, procuraram firmar um contrato de comércio com a França e fazer frente à Alemanha.
Também esta não perdeu tempo e se aliou com a Áustria e a Itália para resistir à pressão dos adversários. A rivalidade entre aqueles países veio motivar conflitos dos Bálcãs e, em 1914, explodiu a Primeira Guerra Mundial. Como o Japão tinha, à época, um contrato assinado com a Inglaterra, também foi obrigado a participar da guerra contra os germânicos e seus aliados, conquistando as concessões orientais da Alemanha.
O Japão, que vinha há muitos anos criando choques com a China, acabou por fim, durante a Primeira Grande Guerra, impondo algumas condições ao seu vizinho para explorá-lo.
Em 30 de julho de 1912, o Imperador Meiji morreu e o Príncipe Coroado Yoshihito tornou-se o novo Imperador do Japão e sucedeu o trono, iniciando o período Taisho. O fim do período Meiji foi marcado grandes investimentos públicos e programas de defesa, crédito perto da exaustão e escassez de reservas para pagar as dívidas.
A influência da cultura ocidental experimentada no período Meiji continuou. Kobayashi Kiyochika adotou estilos de pinturas ocidentais enquanto continuava seu trabalho no ukiyo-e. Okakura Kakuzo manteve interesse na tradicional pintura japonesa. Mori Ogai e Natsume Soseki estudaram no Ocidente e introduziram um modo de ver a vida humana mais moderno.
Os eventos decorrentes da Restauração Meiji em 1868 causaram não só o cumprimento de muitos objetivos econômicos e políticos, domésticos e estrangeiros, - sem o Japão sofrer o destino colonial dos outros países asiáticos – mas também uma efervescência intelectual, em uma época em que havia um interesse mundial no socialismo e um proletariado urbano se desenvolvendo. O movimento esquerdista que estava em formação tinha como principais ideias o Sufrágio universal masculino, o bem estar social, os direitos trabalhistas e os protestos contra a violência. Entretanto, a opressão do governo às atividades esquerdistas levou a uma ação ainda mais radical dos esquerdistas e ainda mais opressão, resultando na dissolução do Partido Socialista Japonês (日本社会党, Nihon Shakaitō?) apenas um ano depois da sua fundação, em 1906, e na derrota do movimento socialista.
O começo do período Taisho foi marcado pela crise política Taisho de 1912 a 1913, que interrompeu as anteriores políticas de compromisso. Quando Saionji Kinmochi tentou cortar o orçamento militar, o ministro do exército renunciou, derrubando o gabinete Rijjen Seiyukai. Tanto Yamagata Aritomo como Saionji se recusaram a assumir o cargo, e o genrō não conseguia encontrar uma solução. A indignação pública sobre a manipulação militar do gabinete e a convocação de Katsura Taro para um terceiro mandato levaram a mais exigências pelo fim da política do genrō. Apesar da oposição da velha guarda, as forças conservadoras formaram um partido próprio em 1913, o Rikken Doshikai, um partido que ganhou a maioria da Casa sobre o Seiyukai, no final de 1914.
Esta é uma parte do artigo da Wikipedia usado sob licença CC-BY-SA. O texto completo do artigo está aqui →
Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Período_Taishō