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Peregrinação à ilha de Citera

Antoine Watteau

Peregrinação à ilha de Citera

Antoine Watteau
  • Data: 1717
  • Estilo: Rococó
  • Género: pintura de gênero
  • Materiais: oil, canvas
  • Dimensões: 129 x 194 cm
  • Ordem Peregrinação à ilha de Citera Reprodução da pintura a óleo
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    da pintura a óleo

Peregrinação à ilha de Citera (em francês: Pèlerinage à l'île de Cythère) é uma pintura de Antoine Watteau, realizada em 1717 e apresentado pelo pintor como uma peça de candidatura à Academia Real de Pintura e Escultura. A obra foi admitida na Academia que criou especialmente para ela o género de festa galante. O quadro está hoje em exposição no Museu do Louvre.

Em 1718, Watteau fez ele próprio uma réplica visivelmente diferente do anterior, intitulada Embarque para Citera (Embarquement pour Cythère), que pertenceu a Frederico II da Prússia e está exposta actualmente no Palácio de Charlotemburgo em Berlim.

Na Antiguidade, a ilha de Citera, situada nas ilhas gregas do mar Egeu, abrigava um templo dedicado a Afrodite, deusa do amor: as suas águas testemunharam o nascimento da deusa. A ilha simboliza, portanto, os prazeres amorosos.

Primeiro plano: Pares preparam-se para a partida, estando uma estátua de Afrodite diante de árvores. Segundo plano: prosseguimento da procissão. Fundo: o lado esquerdo é invadido pelo azul do mar e do céu e o rosa das montanhas distantes. Vemos vários sinais mitológicos:

As pinceladas são tão suaves que podemos observar de perto os desenhos preparatórios e as repinturas.

Watteau estabeleceu um certo equilíbrio no quadro ao distribuir com êxito os seus elementos. Foi capaz de compensar o desequilíbrio criado no quadro pelas linhas verticais das árvores e o eixo da estátua. Pintou de forma rápida, tendo feito esboços sem desenhar linhas precisas ou massas.

As suas cores quentes (rosa ouro) são acompanhadas de verde ou azul. Faz contrastes e gradientes de luz para representar os raios do sol que marcam o fim do dia.

Não pode ser determinado pela análise pictórica, se as pessoas acabam de desembarcar na ilha, ou se, pelo contrário, elas se aprestam para a deixar, relutantemente. Para o historiador de arte inglês Michael Levey, o quadro representa a partida da ilha e não a partida em direcção à ilha. De fato, vários símbolos eróticos sugerem que a ilha é Citera:

A jovem mulher do casal da esquerda, em primeiro plano, vira-se e olha com pesar o lugar da sua felicidade. É por isso possível que a ilha seja já Citera e não o lugar de partida para essa ilha. Não há nenhuma ilha à distância, que poderia remover a dúvida; a luz e a baixa claridade sugerem o fim do dia, favorecendo por isso a hipótese de um retorno. Isso também explicaria a aparência melancólica da cena, ainda que a barca, em forma de cama, garanta que mesmo abandonando a ilha, a paixão não se extinguirá.

Para Auguste Rodin, Watteau alcançou uma representação dos três estágios da sedução, expressa de acordo com os princípios da simultaneidade medieval, graças aos três casais em primeiro plano. O quadro poderia então ser lido como se segue, da direita para a esquerda:

Rodin dá do quadro a seguinte descrição:

O quadro não tende a expressar uma realidade social, porque a vontade de Watteau é sobretudo uma representação poética. Watteau era um poeta sonhador. Por exemplo, não existe nenhuma vontade de oposição social ao colocar lado a lado aristocratas e populares, mas antes uma representação do mundo do teatro, inspirado na commedia dell'arte.

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