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Fotorrealismo

Movimento Artístico

Fotorrealismo é a denominação de uma escola de pintura que transporta com bastante fidelidade para o meio pictórico imagens originalmente obtidas com uma câmera fotográfica. A escola começou a florescer nos Estados Unidos no final dos anos 1960 como uma derivação da arte pop e como uma reação ao expressionismo abstrato e ao minimalismo, e veio a gerar uma corrente ainda mais detalhista conhecida como hiper-realismo.

Nos anos 1950 a crítica de arte ligada à estética modernista havia descartado o realismo na pintura como um anacronismo, já que a fotografia em grande medida substituíra a pintura como meio de reproduzir a realidade, tendo se tornado o meio preferencial para isso quando os primeiros fotorrealistas iniciaram sua produção. Porém, o uso da fotografia como principal base do trabalho constituía uma aceitação tácita dos princípios da arte moderna e teve uma recepção bastante favorável por outros setores da crítica e também pelo público. Isso não impediu que ressurgisse a polêmica, pois seus detratores viam a reprodução como uma anulação da personalidade do artista, uma limitação da sua criatividade e uma concessão ao conservadorismo do mercado de arte, desconsiderando precedentes históricos importantes no fato de que o emprego de tecnologias diversas como a câmera escura e outros aparatos óptico-mecânicos para auxiliar na construção da pintura era uma prática corriqueira desde o século XV, como é sabido da produção de nomes notórios como Leonardo da Vinci, Vermeer e Canaletto. Após o surgimento da fotografia no século XIX ela logo se tornou um auxiliar de grande importância para inúmeros artistas que trabalhavam com a pintura tradicional mas que buscavam reproduzir com fidelidade os cenários, pessoas e objetos que viam. Pintores destacados do século XIX como Eugène Delacroix, Frederic Edwin Church, Albert Bierstadt, e no Brasil Pedro Américo e Victor Meirelles, reconhecidamente usaram fotos para compor suas obras. Muitos, porém, negavam esse uso, pois temiam ser vistos como meros copistas.

Ainda que o fotorrealismo compartilhasse alguns princípios com o movimento realista na pintura, desde logo seus praticantes tentaram se caracterizar como uma corrente distinta. A escola, por outro lado, foi muito influenciada perla arte pop e desejou estabelecer uma reação contra o minimalismo e o expressionismo abstrato. Tanto a arte pop como o fotorrealismo reagiam também contra a inundação de imagens produzidas pela fotografia, alegando que a multiplicação massiva de imagens as banalizava. Contudo, enquanto que os artistas pop apontavam para o absurdo que essa multiplicação significava, especialmente na mídia comercial, os fotorrealistas tentavam atribuir um maior valor a imagens específicas, enfatizar a sua ligação com a realidade que descreviam e direcionar a atenção do público para ela. Também procuraram estabelecer uma distinção entre o que faziam e os praticantes da técnica do trompe l'oeil, já que esta procura enganar o olho fazendo-o acreditar que o que se vê é um objeto real, ao passo que os fotorrealistas jamais tentaram ocultar o fato de que o que o público vê é de fato uma pintura.

O termo denominativo da escola foi cunhado por Louis K. Meisel em 1969 e no ano seguinte apareceu impresso pela primeira vez em um catálogo de uma exposição realizada no Museu Whitney, intitulada Cinco Realistas. Dois anos mais tarde o mesmo crítico desenvolveu uma caracterização da escola a pedido de Stuart M. Speiser, colecionador e curador de uma exposição itinerante intitulada Fotorrealismo 1973 - A Coleção Stuart M. Speiser. A caracterização incluía cinco pontos fundamentais:

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Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotorrealismo

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