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Anita Malfatti

Anita Catarina Malfatti

Anita Catarina Malfatti (São Paulo, 2 de dezembro de 1889 — São Paulo, 6 de novembro de 1964) foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira.

Filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug, Anita Malfatti nasceu na cidade de São Paulo, no ano de 1889, apenas 17 dias depois de proclamada a República. Segunda filha do casal, nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi levada pelos pais à cidade de Lucca, na Itália, na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da vida. Voltando ao Brasil, teve à sua disposição Miss Browne, que a ajudou no desenvolvimento do uso da escrita e no aprendizado do desenho com a mão esquerda. Essa Miss Browne deve ter sido a educadora norte-americana Márcia P. Browne que assessorou Caetano de Campos na reforma que empreendeu no ensino primário e normal em São Paulo, nos primórdios da República. Miss Browne organizou e foi a primeira diretora da Escola Modelo anexa à Escola Normal .

Iniciou seus estudos em 1897 no Externato São José de freiras católicas, hoje não mais existente, outrora localizado na rua da Glória, onde foi alfabetizada. Logo depois passou a estudar em escolas protestantes: na Escola Americana, em 1903, e pouco depois no Mackenzie College onde, em 1906, recebe o diploma de normalista.

Nesse meio tempo morreu Samuelle Malfatti, esteio moral e financeiro da família. Sem recursos para o sustento dos filhos, Betty passou a dar aulas particulares de idiomas e também de desenho e pintura. Chegou a pedir orientações do pintor Carlo de Servi para ela com mais segurança ensinar suas discípulas. Anita acompanhava as aulas que tomavam a maior parte de seu tempo, foi portanto sua própria mãe quem lhe ensinou os rudimentos das artes plásticas.

Anita pretendia estudar em Paris, mas sem a ajuda do pai parecia impossível, tendo em vista que sua avó vivia entrevada numa cama e sua mãe passava o dia dando aulas de pintura e de idiomas. Anita tinha umas amigas, as irmãs Shalders, que estavam prestes a viajar à Europa para estudar música. Assim surgiu a ideia de acompanhá-las à Alemanha e seu tio e padrinho, o engenheiro Jorge Krug, aceitou financiar a viagem.

Anita e as Shalders chegaram a Berlim em 1910, ano marcante na história da Arte Moderna alemã. Berlim era então o grande centro musical da Europa. Acompanhando suas amigas às aulas no centro musical, ali recebeu a sugestão para estudar no ateliê do artista pintor Fritz Burger. Fritz Burger era um retratista que dominava a técnica pontilhista ou divisionista. Foi o primeiro mestre alemão de Anita. Nessa época ela ingressou na Academia de Belas Artes de Berlim.

Durante as férias de verão, Anita e as amigas foram às montanhas de Harz, em Treseburg, região frequentada por pintores. Continuando sua viagem, visitou a 4° Sonderbund, uma exposição que aconteceu em Colônia na Alemanha, na qual conheceu trabalhos de pintores modernos, incluindo-se Van Gogh.

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