Neoimpressionismo
Movimento Artístico
Neoimpressionismo é um termo criado pelo crítico de arte francês Félix Féneon (1861-1944) em 1886 ao ver a obra Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, de Georges Seurat, considerado líder do movimento, em uma exposição da Société des Artistes Indépendants (Salon des Indépendants) em Paris. A França passava por um período de avanços tecnológicos e os pintores estavam buscando novos métodos. Os seguidores do neoimpressionismo, em particular, foram atraídos para cenas urbanas modernas, bem como paisagens e praias. A interpretação baseada na ciência de linhas e cores influenciou a caracterização de sua arte. As técnicas pontilhistas e divisionistas são muitas vezes mencionadas ao se falar neste movimento, pois eram as técnicas dominantes em seu início.
O neoimpressionismo surgiu como uma tentativa de evolução e superação da pintura impressionista. Seurat e seus seguidores queriam refinar o modo intuitivo e espontâneo de pintar dos impressionistas. Para isso, o artista recorreu aos estudos de cor e óptica que haviam sido publicados na época. Os neoimpressionistas utilizavam de pontos e blocos de cor a fim de criar no olhar do espectador a composição da obra. Era também objetivo dos neoimpressionistas resgatar o status da pintura na virada do século, pois ela havia sido inferiorizada com outras técnicas, principalmente com a chegada da fotografia.
O desenvolvimento da teoria da cor por Michel Eugène Chevreul e outros no final do século 19 desempenhou um papel fundamental na formação do estilo neoimpressionista. O livro de Ogden Rood, Modern Chromatics, reconheceu os diferentes comportamentos exibidos por luzes coloridas e pigmentos coloridos. Enquanto a mistura do primeiro criava uma cor branca ou cinza, a última produzia uma cor escura e turva. Como pintores, os neoimpressionistas tiveram que lidar com pigmentos coloridos, para evitar a tontura, eles inventaram um sistema de justaposição de cor pura. Assim, a mistura de cores não era necessária. A utilização efetiva do pontilhismo facilitou a obtenção de um efeito luminoso distinto e, à distância, os pontos se juntaram como um todo mostrando o máximo brilho e conformidade com as condições reais da luz.
Michel Eugène Chevreul era um químico francês e diretor de uma fábrica de tapetes franceses, a Gobelin. Responsável pela preparação do tingimento das peças, Chevreul ficou intrigado com o fato de não conseguir alcançar o efeito que gostaria nas peças e, após muita observação, percebeu que a questão não estava relacionada aos pigmentos que eram usados, mas sim a forma como os fios de cores diferentes eram entrelaçados. O objetivo de seu sistema foi "estabelecer a lei do “contraste simultâneo”. Provavelmente foi Aristóteles (384 A.C. – 322 A.C.) quem primeiro formulou um questionamento que só foi respondido por Chevreul no Séc. XIX, sobre o entrelaçamento dos fios. A aparência das cores é profundamente afetada pela justaposição de uma cor com a outra (a cor púrpura parece diferente sobre o branco e sobre o preto) e, também sob diferentes iluminações. Esta é a formulação do problema que hoje chamamos de metamerismo, pelo qual a cor muda conforme a fonte luminosa. Também, Leonardo da Vinci percebeu este fenômeno."
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