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Piero della Francesca

Piero della Francesca

Piero Della Francesca (1415 — 12 de outubro de 1492) foi um pintor italiano do Quattrocento, nome dado à primeira fase do movimento Renascentista italiano. Tal qual os grandes mestres de seu tempo, Piero primou sempre pela criatividade em relação ao passado medieval, apresentando técnicas e temáticas inovadoras como, por exemplo, o uso da tela e da pintura a óleo, o retrato, a representação da natureza, o nu, e, sobremaneira, a perspectiva e a criação do volume. No século XV, Piero Della Francesca, desenvolve uma pintura pessoal e solene, misturando formas geométricas e cores intensas. Sua pintura se diferencia pela utilização da geometria espacial e abstração.

Pouco se conhece acerca da biografia do artista. Nasceu em Borgo Santo Sepolcro, região da Toscana, filho do riquísimo comerciante de tecidos Benedetto de' Franceschi, com o nome de Pietro Franceschi - pertencia, portanto, a uma das mais distintas famílias aristocráticas da história da Toscana e da Itália. (vêm enriquecer o rol de artistas da família, também, os escultores Emilio, Giulio e o notório Alessando Franceschi, todos do século XIX, bem como a professora, escritora e poeta Caterina Franceschi Ferucci, filha do médico e político Antonio Franceschi e da condessa Maria Spada di Cesi. O clã ostenta, ainda, personalidades como Francesco Franceschi, importante editor literário e musical do Renascimento; Luigi Franceschi, bispo de Arezzo, no século XVI; Giovanni Franceschi, conde do Grão-ducado da Toscana, em 1750; o também Luigi Franceschi, general da Armada de Napoleão Bonaparte, além de membros do ramo dos Franceschi Marini, ligados à família Frescobaldi e, atualmente, à nobreza da Baviera). Sob o nome artístico de Piero Della Francesca, Pietro possivelmente estudou com os artistas de Siena, onde morou. Em 1439, trabalhava com Domencio Veneziano nos afrescos para o hospital de Santa Maria Nuova, em Florença. Também trabalhou em Rimini, Roma e Ferrara, onde sua influência é sentida no trabalho alegórico de Cosimo Tura. Entre seus discípulos está Melozzo da Forlì.

Em Arezzo, próximo a sua cidade natal, cria o políptico Misericórdia (1462?) e o fresco "Ressurreição" (1460?), onde utiliza várias perspectivas. O conjunto de frescos realizados para a capela de São Francisco de Arezzo representam A Lenda da Verdadeira Cruz (1452-59) e são os mais representativos do seu trabalho. A obra incompleta A Natividade encontra-se actualmente em Londres. É de sua autoria, ainda, o díptico retratando os duques de Urbino, Frederico de Montefeltro e sua esposa, Battista Sforza. Aliás, tal obra seria, no Século XX, de importância fundamental para o advento do Cubismo, pois foi objeto de estudos por parte de Picasso, Braque e outros, em função da construção quase geométrica dos rostos retratados. Quando começa a ficar cego, Piero passa a dedicar-se à Matemática, escrevendo o tratado De prospectiva pingendi.

O sentido poético da arte de Piero della Francesca exprime-se no sentimento de intemporalidade transmitido pela harmonia dos tons claros e pelo tratamento dado às figuras, tratadas em volumes simples. O termo que melhor define a sua arte é "tranquilidade", o que não dispensa um tratamento técnico rigoroso. O estudo da perspectiva, nomeadamente, absorveu o pintor, tendo dedicado os últimos anos da sua vida a escrever tratados sobre matemática e perspectiva. Sua obra se caracteriza por uma dignidade clássica, similar a Masaccio.

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