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Nicolas-Antoine Taunay

Nicolas Antoine Taunay

Nicolas-Antoine Taunay, 1º barão de Taunay (Paris, 10 de fevereiro de 1755 — Paris, 20 de março de 1830), foi um professor e pintor francês que fez parte da Missão Artística Francesa, reconhecida por sua contribuição ao movimento que trouxe a arte neoclássica e o sistema de ensino acadêmico para terras brasileiras.


O desenvolvimento de sua formação e carreira profissional se deu durante a crise do Antigo Regime, período de hegemonia dos ideais iluministas e da ascensão do neoclassicismo. Teve mestres ilustres e se aperfeiçoou na Academia Francesa de Roma, sendo depois membro da Academia Real de Pintura e Escultura de Paris e de seu sucessor, o Instituto de França, onde presidiu a classe de Belas Artes. Taunay foi apreciado em vida principalmente como um pintor de paisagens de pequenas dimensões, e neste campo em particular repousa sua importância para a história da pintura brasileira, mas foi também um dos artistas favoritos de Napoleão Bonaparte, realizando várias composições do tipo histórico celebrando o estadista e seu governo, além de ter deixado pinturas de cenas populares, miniaturas, decorações e retratos. Participou de vários Salões de Paris e recebeu diversas premiações, mas sua obra não foi uma unanimidade entre a crítica de seu tempo, permanecendo fiel aos preceitos clássicos acadêmicos e resistindo às mudanças no gosto. Esquecido por muito tempo, recentemente sua contribuição vem sendo resgatada.


Membro de uma antiga família francesa estabelecida na Normandia, seus antepassados já tinham envolvimento com a arte. Seu avô Salomon havia sido ourives e trabalhara nas fábricas de porcelana de Chantilly e Vincennes, onde fizera pesquisas sobre novos pigmentos, descobrindo um certo tom de vermelho que se tornou muito apreciado. Seu pai, Pierre-Antoine Henry, também foi ourives e químico e por longos anos atuou na famosa fábrica de porcelana de Sèvres, e por seus bons serviços recebeu o prestigiado título de pensionista do rei. A família também tinha uma tradição de apreço pela música, literatura e teatro.


Taunay iniciou estudos de pintura em 1768 com François Bernard Lépicié, pintor de cenas do cotidiano e paisagens, e depois estudou desenho com Nicolas Guy Brenet, professor famoso que o introduziu na temática histórica e no gosto por uma abordagem nobre e equilibrada das cenas, deixando uma forte marca no jovem artista, e através dele entrou em contato com os artistas Jean-Louis Demarne, Louis-René Boquet e Frédéric Schall, que seriam seus amigos por muitos anos. Depois passou para a classe de Francisco Casanova, pintor de batalhas, aprimorando sua técnica de composição de grupos movimentados. Com a partida do professor para o estrangeiro, passou a se dedicar ao estudo de paisagem, realizando viagens pelos arredores de Paris, pela Sabóia e Suíça, quando aprofundou seu amor pela natureza. Nesta época iniciava a formação de sua clientela, sendo apreciado por suas miniaturas decorativas e suas pinturas pequenas povoadas de personagens minúsculos, além de colaborar com outros pintores.


Em 1777 apresentou suas peças em público pela primeira vez no Salão da Mocidade, sendo reconhecido pela crítica como um talento promissor e comparado ao pintor holandês Nicolaes Berchem, estimado na França pelas suas paisagens classicistas. Dois anos depois compareceu novamente ao salão, e outra vez colheu elogios. Em 1782 participou do Salon de la Correspondance, quando já tinha conquistado certa notoriedade. Tornara-se amigo íntimo de Jean-Honoré Fragonard, consagrado pintor rococó e membro da Academia Real de Pintura e Escultura, e de Hubert Robert, outro mestre consagrado, que lhe encomendara vários trabalhos, inclusive um retrato de toda a família. Também tinha entre seus principais clientes a família do banqueiro Gabriel Godefroy. Em 1784 foi aceito na Academia após apresentar a pintura Zerbin vaincu par Mandricare.

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