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Marcel Diogo

Marcel Martins Lacerda Diogo

Marcel Diogo (Belo Horizonte, 30 de setembro de 1983) é um artista visual brasileiro, conhecido principalmente por trabalhos que lidam com questões políticas e a relação entre indivíduo e imagem. Desenvolve pesquisas em diversos meios, dentre os quais, destacam-se sua produção pictórica e projetos curatoriais independentes. Coordena o Atelier do Ressaca na fronteira entre as cidades de Belo Horizonte e Contagem, é professor em uma escola pública e faz parte da iniciativa CERCA - Coletivo de Experiências em Residências e Colaborações Artísticas.

Trajetória artística

Marcel Diogo é graduado em Pintura (2006) e Licenciatura (2009) pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. O artista desenvolve trabalhos em diferentes mídias.

Marcel Diogo participou de diversas exposições coletivas desde 2004 e teve sua primeira individual em 2007, na Galeria de Arte Copasa, onde apresentou a série “Naturezas mortas”. Essa série de pinturas explora a superficialidade do ser humano ao representar figuras de homens e mulheres deitados no chão, de forma mórbida, ao lado de frutas e vegetais. Com efeitos dramáticos e marcantes contrastes entre claro e escuro, a exemplo da pintura barroca, o artista chama atenção para a espetacularização do consumo e o atrofiamento da sensibilidade na cultura de excessos em que vivemos.

A mesma série foi exibida em 2009 na Quina Galeria de Arte (Belo Horizonte, MG) e em 2013 Marcel Diogo apresentou a série de pinturas Falhas Expostas em mais uma exposição individual no BDMG Cultural (Belo Horizonte, MG). Essa série é constituída a partir de fotografias ordinárias, derivadas de falhas casuais. O erro fotográfico, que é cada vez menos comum na era da fotografia digital, é explorado pelo artista como elemento de estudo, assumindo o interesse pela “imagem pobre”. Enquanto novas câmeras apresentam uma série de dispositivos homogeneizadores, que corrigem automaticamente falhas e imperfeições, o artista assume o risco do ato fotográfico característico da era analógica, e dessa maneira evidencia o potencial poético daquilo que é considerado feio, marginal, por meio de sua pintura que mimetiza tais “erros”. A mesma série foi exposta em outra individual realizada em 2015, na Galeria de Arte Copasa, e no ano anterior Marcel Diogo realizou uma individual com suas pinturas no 27º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei (MG).

Em 2015, participou da residência artística Cemitério do Peixe, na cidade de Conceição do Mato Dentro (MG), que deu origem ao trabalho In Memoriam. O projeto consiste em lembrar o rosto de jovens mortos e construir retratos a partir da memória, provocando uma reflexão sobre a condição e o destino de indivíduos marginalizados que viveram na periferia de Belo Horizonte. Recordar o rosto desses jovens e retratá-los representa, portanto, uma homenagem póstuma.

Em 2018 realizou mais uma exposição individual na Aliança Francesa de Belo Horizonte onde apresentou a série de pinturas Aqui tudo parece que é ainda paraíso e já é inferno. O título da série parodia uma famosa frase do antropólogo Claude Lévi-Strauss, que diz “aqui, tudo parece que é ainda construção e já é ruína”. As pinturas representam veículos incendiados, em referência às manifestações políticas realizadas em grandes centros urbanos desde 2013. Assim como o Lévi-Strauss, que na frase mencionada se refere ao Brasil, apresentando uma análise pessimista sobre o país, Marcel coloca em questão o projeto de Brasil que se busca construir e evidencia o quanto há de infernal nesse paraíso idealizado.

Marcel Diogo também atua como curador independente desde 2008, com mostras realizadas no estado de Minas Gerais.

Em janeiro de 2019, Marcel Diogo venceu o concurso Garimpo Online promovido pela revista Dasartes. O artista foi o mais votado no site e redes sociais, ganhando uma matéria na 80ª edição da revista.

Trabalhos no exterior

Como integrante da iniciativa CEIA (Coletivo de Experiências em Residências e Colaborações Artísticas), foi convidado em 2012 para o evento InexactlyTHIS – Sint Nicolaas Lyceum, em Amsterdam.

Em 2016, Marcel Diogo participou da residência artística Barda Del Desierto #2, na Patagônia Argentina. Na ocasião, o artista desenvolveu o trabalho Cova para um, que propõe uma reflexão sobre os desaparecidos durante a ditadura argentina. Em diálogo com os projetos da Land Art – caracterizada por intervenções em paisagens remotas - o artista cavou 300 covas no deserto da Patagônia que, além de simbolizar sepulcros individuais em memória de cada desaparecido, também representam 1% do total estimado de desaparecidos na Argentina (30.000 pessoas).

Também na Argentina, Marcel Diogo participou de algumas exposições coletivas, como Interjecciones Sur – Geografías de las violências (Museo Gregorio Alvarez - Neuquén, 2017) e Dislocaciones | Desplazamientos (Museo Nacional de Bellas Artes – Neuquén, 2018).

Em 2018, participou da Arkane Residência Artística de Casablanca, no Marrocos. Na ocasião, o artista criou releituras do cartaz do premiado filme Casablanca, que além de reforçar o pensamento colonialista sobre a cidade, ignora sua diversidade. Marcel Diogo recriou os cartazes em pinturas, usando como referência fotografias de pessoas locais, que entraram no lugar dos personagens do filme.

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Marcel Diogo (Belo Horizonte, 30 de setembro de 1983) é um artista visual brasileiro, conhecido principalmente por trabalhos que lidam com questões políticas e a relação entre indivíduo e imagem. Desenvolve pesquisas em diversos meios, dentre os quais, destacam-se sua produção pictórica e projetos curatoriais independentes. Coordena o Atelier do Ressaca na fronteira entre as cidades de Belo Horizonte e Contagem, é professor em uma escola pública e faz parte da iniciativa CERCA - Coletivo de Experiências em Residências e Colaborações Artísticas.


Marcel Diogo é graduado em Pintura (2006) e Licenciatura (2009) pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. O artista desenvolve trabalhos em diferentes mídias.


Marcel Diogo participou de diversas exposições coletivas desde 2004 e teve sua primeira individual em 2007, na Galeria de Arte Copasa, onde apresentou a série “Naturezas mortas”. Essa série de pinturas explora a superficialidade do ser humano ao representar figuras de homens e mulheres deitados no chão, de forma mórbida, ao lado de frutas e vegetais. Com efeitos dramáticos e marcantes contrastes entre claro e escuro, a exemplo da pintura barroca, o artista chama atenção para a espetacularização do consumo e o atrofiamento da sensibilidade na cultura de excessos em que vivemos.


A mesma série foi exibida em 2009 na Quina Galeria de Arte (Belo Horizonte, MG) e em 2013 Marcel Diogo apresentou a série de pinturas Falhas Expostas em mais uma exposição individual no BDMG Cultural (Belo Horizonte, MG). Essa série é constituída a partir de fotografias ordinárias, derivadas de falhas casuais. O erro fotográfico, que é cada vez menos comum na era da fotografia digital, é explorado pelo artista como elemento de estudo, assumindo o interesse pela “imagem pobre”. Enquanto novas câmeras apresentam uma série de dispositivos homogeneizadores, que corrigem automaticamente falhas e imperfeições, o artista assume o risco do ato fotográfico característico da era analógica, e dessa maneira evidencia o potencial poético daquilo que é considerado feio, marginal, por meio de sua pintura que mimetiza tais “erros”. A mesma série foi exposta em outra individual realizada em 2015, na Galeria de Arte Copasa, e no ano anterior Marcel Diogo realizou uma individual com suas pinturas no 27º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei (MG).


Em 2015, participou da residência artística Cemitério do Peixe, na cidade de Conceição do Mato Dentro (MG), que deu origem ao trabalho In Memoriam. O projeto consiste em lembrar o rosto de jovens mortos e construir retratos a partir da memória, provocando uma reflexão sobre a condição e o destino de indivíduos marginalizados que viveram na periferia de Belo Horizonte. Recordar o rosto desses jovens e retratá-los representa, portanto, uma homenagem póstuma.


Em 2018 realizou mais uma exposição individual na Aliança Francesa de Belo Horizonte onde apresentou a série de pinturas Aqui tudo parece que é ainda paraíso e já é inferno. O título da série parodia uma famosa frase do antropólogo Claude Lévi-Strauss, que diz “aqui, tudo parece que é ainda construção e já é ruína”. As pinturas representam veículos incendiados, em referência às manifestações políticas realizadas em grandes centros urbanos desde 2013. Assim como o Lévi-Strauss, que na frase mencionada se refere ao Brasil, apresentando uma análise pessimista sobre o país, Marcel coloca em questão o projeto de Brasil que se busca construir e evidencia o quanto há de infernal nesse paraíso idealizado.

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