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O Banho turco

Jean-Auguste Dominique Ingres

O Banho turco

Jean-Auguste Dominique Ingres
  • Título Original: Le bain turc
  • Data: 1862
  • Estilo: Neoclassicism, Orientalism
  • Género: pintura de gênero, nude painting (nu)
  • Materiais: oil, canvas
  • Ordem Jean-Auguste Dominique Ingres Reprodução da pintura a óleo
    Pedir reprodução
    da pintura a óleo

O Banho turco (em francês: Le Bain turc) é uma pintura a óleo sobre tela colocada sobre madeira de Jean-Auguste-Dominique Ingres datada de 1862 e conservada no Museu do Louvre em Paris.

A obra apresenta um grupo de mulheres nuas num harém pintadas num estilo altamente erótico que evocam o Próximo-Oriente bem como os estilos clássicos ocidentais associados aos assuntos mitológicos.

A obra está assinada e datada de 1862, quando Ingres tinha 82 anos de idade, tendo sido completada em 1863. Neste ano, Ingres alterou o formato rectangular original da pintura, cortando-a para a forma circular de tondo actual (fotografia do formato original da pintura em abaixo).

Julga-se que Ingres se terá baseado numa descrição escrita em 1717 de um harém turco por Mary Wortley Montagu, em que esta menciona ter visto num palácio turco cerca de duas centenas de mulheres nuas. A pintura desenvolve e reelabora figuras que Ingres havia apresentado em pinturas anteriores, designadamente A Banhista de Valpinçon de 1808 e a Grande Odalisca de 1814 (imagens ao lado).

O seu conteúdo erótico não provocou escândalo porque a pintura se manteve durante muito tempo em colecções particulares até ter sido integrada no Museu do Louvre em 1911.

A pintura é conhecida pelo cromatismo subtil, especialmente a pele muito pálida das mulheres que descansam na privacidade de uma zona de banhos. As figuras têm uma forma quase abstrata e "esguia e sinuosa", parecendo, por vezes, não ter esqueleto. Estão dispostas numa forma harmoniosa e num arranjo circular que aumenta o erotismo da pintura. A carga erótica é em parte conseguida através do uso de elementos como a névoa implícita de perfume oriental, e a inclusão de jarros, água corrente, frutas e jóias, bem como uma paleta de cores que vai do branco pálido ao rosa, ao marfim, aos cinzas claros e a uma variedade de castanhos.

Ingres apreciava a ironia de produzir uma obra erótica na sua velhice, pintando uma inscrição da sua idade (Aetatis LXXXII, "Idade 82") na obra. Em 1867, ele afirmou que ainda mantinha "todo o fogo de um homem de trinta anos". Ingres não pintou esta obra com base em modelos vivos, mas a partir de croquis e de várias pinturas anteriores suas, reutilizando as figuras da "banhista" e da odalisca que tinha desenhado ou pintado como figuras individuais em camas ou junto a um banheiro.

A figura da sua A Banhista de Valpinçon aparece quase idêntica como elemento central desta composição posterior, mas agora tocando um bandolim. A face da mulher com os braços levantados acima de sua cabeça na direita é semelhante a um esboço de 1818 da sua esposa, Delphine Ramel, embora o seu ombro direito esteja rebaixado enquanto o seu braço direito está elevado (uma inconsistência anatómica habitual na obra de Ingres, pois A Grande Odalisca tem três vértebras a mais).

Ingres parece recorrer a uma ampla variedade de fontes, incluindo a arte académica do século XIX, o Neoclassicismo e o Maneirismo tardio. Embora à primeira vista a pintura possa parecer apenas um exercício erótico, é de facto toda ela muito precisa e geometricamente elaborada. As figuras fundem-se umas nas outras numa forma que evoca a sexualidade, mas, em última análise, destina-se a mostrar a sua habilidade em desafiar perspectiva racional. Ingres invoca um ambiente que é simultaneamente muito real e apenas imaginário.

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