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Fernando Lanhas

Fernando Lanhas, GOSE

Fernando Resende da Silva Magalhães Lanhas (Porto, 16 de Setembro de 1923 — 4 de fevereiro de 2012) foi um pintor e arquitecto português. Estudou arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Era um dos pioneiros da abstração em Portugal.

Fernando Resende da silva Magalhães Lanhas nasce no Porto em 1923. Desde muito cedo revela interesse pelo mundo natural e pelo cosmos.

Em 1942 inscreve-se no curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP). O interesse pela pintura surge logo nos primeiros anos de frequência da ESBAP, levando-o a realizar trabalhos figurativos; faz amizade com Júlio Pomar e Manuel Pereira da Silva, com quem debate temas sobre arte.

Em 1943, participa na 1ª Exposição Independente dos alunos da ESBAP; nesse mesmo ano, realiza as primeiras aguarelas e desenhos abstratos; em 1944 a mudança estende-se à pintura a óleo. Lanhas realiza trabalhos totalmente abstratos onde fixa as linhas orientadoras da sua obra futura, caracterizada por um forte sentido de continuidade: "a sua obra sofreu [...] uma lentíssima evolução, sem saltos nem atrações exteriores, nem outra espécie de ambição que uma fidelidade ao seu programa original".

A partir desse ano (e até 1950) assume a responsabilidade pela organização das Exposições Independentes e, nas mostras de 1945 (Lisboa, Leiria e Coimbra), expõe pela primeira vez uma obra abstrata: 02-43-44. Ainda em 1945 faz projetos para uma intervenção artística nos rochedos da Serra de Valongo e colabora com Júlio Pomar e Vítor Palla na organização da página Arte do diário A Tarde.

Obtem o diploma de arquitetura em 1963 (http://arquivo.fba.up.pt/alumniF.html) com uma tese sobre museus de arqueologia e faz uma estadia em Paris. No ano seguinte dá início à atividade como arquiteto, em sintonia com os princípios renovadores do modernismo.

Em 1949 recebe o Prémio Nacional de Desenho Marques de Oliveira na XI Exposição de Arte Moderna, SNI, e inicia a pintura sobre seixos rolados. Em 1950 faz os primeiros trabalhos com colagem de recortes de papéis e dois anos mais tarde realiza uma intervenção na paisagem, pintando sobre rochedos da Serra do Valongo. Em 1953 expõe individualmente pela primeira vez, na Galeria de Março, Lisboa.

Organiza, com João Menéres Campos e Alberto de Serpa a grande retrospetiva do pintor Dominguez Alvarez (1951); dirige as Publicações de Arte Contemporânea (1954, 1955); projeta um edifício de habitação na Av. Sidónio Pais, 190, Porto (1955-1958) e o Salão Móvel de Exposições Gulbenkian, Ateneu Comercial do Porto (1958). Em 1958 participa na Bienal de São Paulo, dois anos mais tarde na XXX Bienal de Veneza e, em 1961, na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 1962 interrompe a atividade na pintura (que retoma em 1966) para se dedicar à arqueologia e a uma multiplicidade de outras áreas (museologia, antropologia, etnografia, geologia, astronomia). Percorre todo o litoral Galego procurando, nas cascalheiras das praias, pedras preparadas ou com entalhes; descobre as gravuras rupestres do Monte da Luz, na Foz do Douro. Em 1973 é nomeado diretor do Museu Etnográfico e Histórico do Porto (cargo que exerce até 1993); nesse ano e no seguinte interrompe de novo a pintura.

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