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Félix Nadar

Gaspard-Félix Tournachon

Félix Nadar (ou apenas Nadar) é o pseudónimo de Gaspard-Félix Tournachon (Paris, 5 de Abril de 1820 – Paris, 21 de Março de 1910) foi um fotógrafo, caricaturista e jornalista francês, pioneiro e entusiasta do voo humano e da fotografia aérea.


Foi responsável pelo registro fotográfico das maiores personalidades de seu tempo, especialmente a elite cultural da época, considerado o primeiro grande retratista do mundo, uma experiência que resultou em livro autobiográfico publicado aos oitenta anos de idade: "Quand j'étais photographe" (Quando eu era fotógrafo, em livre tradução), havendo já publicado um livro de memórias como propaganda.


Já consagrado como caricaturista, ele abraçou a fotografia como uma arte, muitas vezes com ares de charlatão, e como uma "ciência", a ponto de chamar sua sala escura de revelação de "laboratório"; percebeu desde cedo que este trabalho precisava estar junto à propaganda - razão que o levou em torno de 1864 a registrar a si mesmo no cesto de um balão (uma fraude de registro: o cesto estava pendurado no teto de seu estúdio, e o fundo de nuvens era pintado) com o fim de ilustrar um livro de memórias, onde divulgaria a si e ao seu trabalho além de um manifesto contra os balões.


Fez parte daquilo que os historiadores chamam de "era de ouro do retrato na França" ou, como o próprio se identificava, "era dos primitivos da fotografia". Foi Nadar quem fez o registro post-mortem do imperador Pedro II do Brasil em seu exílio parisiense, e do escritor Victor Hugo; sobre sua arte registrou o historiador Giulio Carlo Argan: "Ele percebia que sua técnica era profundamente diferente da que é própria da pintura e, se dessa sua técnica podia nascer um resultado estético, não haveria de ser um valor tomado de empréstimo à pintura"


Seu pai fora editor e livreiro de origem lionesa mas, quando Nadar (apelido que adotou por pseudônimo ) tinha treze anos de idade, ele faliu e veio a falecer em 1837; assim, aos dezesseis anos de idade ele se viu sozinho, cercando-se de amigos da boemia, numa vida em que aspirava a realização artística e almejava se tornar escritor; foi um bom jornalista, medíocre como romancista mas um bom caricaturista; embora realizador de imagens, sua visão era limitada à distância, pela miopia.


Nadar criticou as aspirações políticas do sobrinho de Napoleão Bonaparte e, quando este finalmente assumiu o poder como Napoleão III, exerceu forte censura à imprensa e as caricaturas políticas foram proibidas; ele então se refugiou na vida boêmia da capital francesa, e imaginou um plano grandioso: lançar quatro grandes litografias com suas caricaturas representando 1.200 personalidades do meio cultural - o "Panteão Nadar"; realizou apenas uma delas, que foi um fracasso de venda, mas grande sucesso de crítica a ponto de tornar seu nome amplamente conhecido. Como um biógrafo assinalou: "Nadar antes do Panteon era um desenhista conhecido, depois do Panteon é um homem célebre".


Acabou se interessando por fotografias ao pagar a um fotógrafo profissional para que tomasse seu irresponsável irmão mais novo como aprendiz.


No início de seus trabalhos tinha um estúdio na rue Saint Lazare, onde não possuía cenários para os fundos das fotos; isto mudou quando se instalou no ateliê da rue des Capucines, onde tinha luxuosa decoração: uma das salas de espera era decorada com tapetes e acessórios orientais.

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