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Ernesto Neto

Ernesto Saboia de Albuquerque Neto

Ernesto Saboia de Albuquerque Neto (Rio de Janeiro, 1964) é um artista plástico brasileiro.

No início da carreira, sua trajetória é marcada pelas obras dos artistas José Resende (1945) e Tunga (1952), na exploração das articulações formal e simbólicas entre matérias diversas.Ele aprendeu muito com o artista plástico Roberto Moriconi que o ajudou a subir em sua carreira. Suas esculturas que são compostas por elementos em tecido de lycra, algodão e poliamida e recheados com bolinhas de chumbo, polipropileno, especiarias, miçangas, espuma e ervas, entre outros. Muitas vezes a união entre esses elementos cria grandes redes que já foram chamadas de colônias pelo artista. A mistura de materiais inusitados com a utilização de tensão, força, resistência e equilíbrio é o que aguça a curiosidade do espectador da obra.

Na obra A-B-A (chapa-corda-chapa), de 1987, explora a tensão estabelecida entre chapas retangulares de ferro, unidas por uma corda de nylon. Opta por procedimentos construtivos simples, que envolvem a articulação desses materiais também em relação ao ambiente circundante. Na instalação Copulônia (1989), insere pequenas esferas de chumbo em meias de poliamida, que pendem do teto ou se apresentam dispostas no chão. Explora assim o peso do metal, a plasticidade proporcionada pelas pequenas esferas e a aparente fragilidade do tecido.

No final dos anos 1980, Neto produziu a série dos "sacos de meia de seda", recheados de bolinhas de chumbo, que introduziram de maneira mais marcante no trabalho o caráter da sensualidade. Com passagens acadêmicas pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Ernesto Neto tornou-se um dos mais conceituados artistas plásticos contemporâneos da atualidade.[ Já teve trabalhos exibidos na Basileia, em Helsinque e em Londres. Suas instalações na Bienal de Veneza de 2001, por exemplo, foram expostas no Pavilhão Nacional do Brasil e no Grupo Internacional do Arsenale.

Só na última década, ele participou de diversos festivais internacionais de arte e apresentou seus trabalhos em galerias e em museus dos cinco continentes. Sua inspiração vem parcialmente de brasileiros do neo-Concretismo do final da década de 1950 e início da década de 1960, como Lygia Clark e Hélio Oiticica, e das ideias rejeitadas do modernismo de abstração geométrica, que pretendiam equiparar a arte com organismos vivos em uma espécie de arquitetura orgânica, e convidam o espetador a ser um participante ativo.

Sua produção situa-se entre a escultura e a instalação. Ernesto Neto trabalha com instalações abstratas que muitas vezes ocupam todo o espaço da exposição. Passa a utilizar em suas obras, já nos anos 1990, elementos em tecido de lycra, algodão, poliamida e recheados com bolinhas de chumbo, polipropileno, especiarias, miçangas, espuma e ervas, entre outros. Com finas membranas esticadas ao máximo fixadas no teto, suas obras ficam penduradas no local e criam formas que são quase orgânicas. Às vezes, essas malhas finas e translúcidas são preenchidas com especiarias de variadas cores e aromas, como açafrão ou cravo da índia em pó e penduradas em formato de gotas, cogumelos enormes, às vezes ele cria esculturas peculiares que permite o visitante a senti-las através de pequenas aberturas na superfície. Ele também cria labirintos espaciais, no qual o visitante pode entrar e, assim, experimenta a obra e interage com ela.

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