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Vênus ao espelho

Diego Velázquez

Vênus ao espelho

Diego Velázquez
  • Data: c.1644 - 1648
  • Estilo: Barroco
  • Género: pintura mitológica
  • Materiais: oil, canvas
  • Dimensões: 122,5 x 177 cm
  • Ordem Vênus ao espelho Reprodução da pintura a óleo
    Pedir reprodução
    da pintura a óleo

Vênus ao espelho ou Vênus olhando-se ao espelho (em espanhol: La venus del espejo) é uma pintura de Diego Velázquez (1599-1660), principal artista do Século de Ouro Espanhol. Concluída entre 1647 e 1651 e provavelmente pintada durante permanência do artista na Itália, a pintura apresenta a deusa Vênus numa posição sensual, deitada em uma cama e olhando em um espelho segurado pelo seu filho Cupido, o deus romano do amor físico. A pintura está exposta na National Gallery, em Londres, sob o título The Toilet of Venus ou The Rokeby Venus.

Muitas obras, do clássico ao barroco, têm sido citadas como fontes de inspiração de Velázquez. As Vênus dos pintores italianos, como a Vênus adormecida de Giorgione (c. 1510) e a Vênus de Urbino de Ticiano (1538) foram os principais precedentes. Nessa obra, Velázquez combinou duas poses estabelecidas para Vênus: reclinada sobre um sofá ou cama e olhando para um espelho. Ela é frequentemente descrita como olhando a si mesma no espelho, embora isso seja fisicamente impossível, já que os observadores podem ver sua face refletida na direção deles. Esse fenômeno é conhecido como "efeito Vênus". De certa maneira, a pintura representa a partida, devido ao uso central do espelho e porque ela mostra o corpo de Vênus de costas para o observador da pintura.

A Vênus ao espelho é a única obra de nu feminino feita por Velázquez que chegou aos nossos dias. Nus eram extremamente raros na arte espanhola do século XVII, durante o qual a sociedade foi ativamente controlada por membros da Inquisição espanhola. Apesar disso, nus de artistas estrangeiros foram intensamente colecionados pelo círculo de frequentadores da corte, e esta pintura foi pendurada na casa de cortesões espanhóis até 1813: pertenceu à Casa de Alba e a Manuel de Godoy, quando era conservada no Palácio de Buenavista de Madrid. Depois foi levada para a Inglaterra para ser pendurado em Rokeby Park, Yorkshire, de onde provém seu apelido Rokeby Venus. Em 1906, a pintura foi comprada pelo Fundo Nacional de Coleções de Arte para a National Gallery. Apesar de ter sido atacada e seriamente danificada em 1914 pela sufragista Mary Richardson, logo foi totalmente restaurada e voltou a ser exposta.

Não se sabe com certeza quando a tela foi pintada. Alguns assinalam 1648, antes da segunda viagem de Velázquez à Itália; outros afirmam que teria sido pintada durante sua segunda e última viagem à Itália, entre 1649 - 1651. O site da National Gallery e outros autores acreditam ter sido produzida ao redor de 1647 - 1651.

A Vênus ao espelho foi considerada durante muito tempo como uma das últimas obras de Velázquez. Em 1951, descobriu-se que fora citada num inventário datado de 1 de junho de 1651, na coleção particular de Gaspar de Haro y Fernández de Córdoba (1629 - 1687), marquês do Cárpio, um cortesão que mantinha laços estreitos com o rei Filipe IV da Espanha. Haro era sobrinho-neto do primeiro mecenas de Velázquez, o Conde-Duque de Olivares, e um conhecido libertino. Segundo o historiador de arte Dawson Carr, Haro amava a pintura quase tanto quanto amava as mulheres, e até mesmo os seus defensores lamentavam o seu excessivo gosto pelas mulheres de classe baixa durante a sua juventude. Por estas razões, parece possível que ele encomendasse a pintura. Como a pintura estava inventariada em 1651, a tela não poderia ser posterior à segunda viagem de Velázquez à Itália, da qual retornou em junho daquele ano, podendo tê-la pintado ali no final de 1650 ou no princípio de 1651 e remetido à Espanha antes do regresso do artista. Contudo, em 2001, o historiador de arte Ángel Aterido descobriu que a pintura pertencera antes ao marchant e pintor madrilenho Domingo Guerra Coronel, e que foi vendida a Haro em 1652, depois da morte de Coronel no ano anterior. A propriedade de Coronel sobre a pintura suscita uma série de questões: como e quando passou a ser posse de Coronel e por que o nome de Velázquez foi omitido naquele inventário. O crítico de arte Javier Portús sugeriu que a omissão poderia ser devido a se tratar de um nu feminino, um tipo de obra que estava cuidadosamente supervisionada e cuja divulgação era considerada problemática.

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