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São Mateus e o Anjo

Caravaggio

São Mateus e o Anjo

Caravaggio
  • Data: 1602
  • Estilo: Barroco, Tenebrismo
  • Género: pintura religiosa
  • Materiais: oil, canvas
  • Dimensões: 232 x 183 cm
  • Ordem São Mateus e o Anjo Reprodução da pintura a óleo
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    da pintura a óleo

São Mateus e o Anjo ou A Inspiração de São Mateus é uma óleo sobre tela do artista barroco Michelangelo Merisi da Caravaggio, em homenagem ao apóstolo e evangelista São Mateus. Pintada em 1602, foi uma obra destinada ao altar principal da Capella Contarelli, localizada na Igreja de São Luís dos Franceses, em Roma. Na mesma capela, Caravaggio pintou dois retábulos representando a vocação e o martírio do santo.

Essa obra possui duas versões, já que a primeira não foi bem vista pela igreja na época, com o argumento de que o evangelista não estava representado em sua dignidade de evangelista e santo. Nela, o artista retratou São Mateus como um camponês, com pés nus e roupas simples, e que demonstra um semblante preocupado e aflito diante do livro sagrado.

Esta versão foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial, restando apenas uma fotografia em preto e branco, que hoje pode ser vista em cores artificiais.

Dois anos após pintar as telas laterais para a capela Contarelli, Caravaggio foi convocado a concluir o trabalho pintando o quadro central que retratava São Mateus e o Anjo, para ser colocada acima do altar da capela. A primeira versão de São Mateus e o Anjo tinha a pretensão de substituir um conjunto de esculturas de Jacob Cornelisz Cobaert (1535-1615), que foram rejeitadas em 1602 por François Cointrel Francesco Contarelli, neto do último cardeal francês Matthieu Cointrel (Matteo Contarelli, em italiano). Francesco Contarelli decidiu dar a Caravaggio a tarefa de apresentar a tela para o tempo do Pentecostes, no ano de 1602.

A ideia de um retábulo retratando São Mateus e o Anjo já estava nos planos do cardeal Matteo Contarelli por volta de 1560, quando ainda estava vivo. A decoração restante foi confiada primeiro ao artista Girolamo Muziano, que não as realizou. A tarefa foi então confiada a Cavalier d'Arpino, que realizava apenas os afrescos no cofre da capela. Então, a Fábrica de São Pedro, instituição criada para a gestão e cuidados com obras na Basílica de São Pedro, se comprometeu a realizar o trabalho na capela, mas interveio o representante do padre Berengherio Gessi, talvez com a mediação do cardeal Francesco Maria del Monte, dando a tarefa, por fim, à Caravaggio. Em seu testamento, o cardeal Matteo Contarelli aponta as diretrizes para a pintura da obra: ela deveria conter aproximadamente 142 centímetros de largura e 172 centímetros de altura, com "São Mateus na cadeira, com um livro ou volume à frente, com o melhor ângulo que puder colocá-lo, que mostre-o escrevendo ou querendo escrever o evangelho, ao mesmo tempo em que canta para ele o anjo que está mais alto do que o natural, em um ato que combina com a razão ou com outra aptidão".

De acordo com Giovanni Baglione e Giovanni Pietro Bellori, a primeira versão desta pintura foi rejeitada pela igreja, ("A pintura de um certo São Mateus, feita anteriormente para aquele altar de São Luís, ele não gostava disso ") e Giovanni Pietro Bellori (" [...] terminada a imagem de um São Mateus e colocada no altar, foi tirada pelos sacerdotes, que diziam que essa figura não tinha decoro, nem mesmo parecia um santo [...] "). De acordo com essas fontes, a pintura foi recusada porque o santo foi retratado como um semi-alfabetizado comum, com pernas curtas e cruzadas, às quais o anjo guiava fisicamente, também com sua mão, ao escrever o Evangelho. Segundo o historiador de arte Luigi Spezzaferro, porém, a primeira versão de São Mateus e do Anjo era um retábulo temporário, para ser temporariamente colocado na Capela, esperando que o trabalho terminasse. Pela primeira vez, a obra foi avaliada não apenas com uma função devocional e litúrgica, mas também considerada e apreciada por seu valor estético. As considerações de Baglione, portanto, foram essencialmente devidas aos contrastes e a individualidade da obra. Já Giovanni Pietro Bellori viu na figura de Caravaggio um caráter negativo, como em oposição ao ideal que ele tinha do Belo, seguindo os cânones clássicos da Accademia di San Luca, a qual ele era secretário.

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