{{selectedLanguage.Name}}
Entre Sair
×

Orientalismo

Movimento Artístico

Orientalismo é um termo polissêmico utilizado tanto para definir os estudos orientais - ou seja, o estudo das civilizações orientais atuais ou históricas, especialmente do Oriente Médio e, em menor medida, do Extremo Oriente - como para designar a representação, imitação ou mistificação, segundo uma visão eurocêntrica, de determinados aspectos das culturas orientais, por parte de escritores e artistas plásticos ocidentais, que acabaram por convertê-los em estereótipos.


Popularizado como um campo de estudo desde o século XVIII, mas tendo adquirido particularidades institucionais a partir do colonialismo moderno do século XIX, o orientalismo estudava, sem distinções, um vasto grupo de civilizações que incluem o Extremo Oriente, a Índia, a Ásia Central, o Médio Oriente (vulgarizado pela designação ''Mundo Árabe'') e mesmo a África, em alguns casos.


Nos estudos de História de Arte, o orientalismo foi uma temática artística e cultural da Europa nos séculos XVIII à XX que retratava temas e motivos ditos orientais.


Na arquitetura, destaca-se o estilo neoislâmico de construção, que imitava características de diversas tradições arquitetônicas de forma eclética, como a árabe, a otomana e a do norte da África. Elementos comuns são arcos e “mesquitas”, assim como a utilização de padrões geométricos, característica altamente admirada pelos europeus, como o arquiteto Viollet-le-duc, que trabalhou para o governo francês em seus domínios coloniais e projetou este tipo de construção e escreveu sobre a arte oriental.


A pintura foi um meio também muito utilizado pelos orientalistas, que podiam ser viajantes retratando paisagens dos domínios europeus no exterior, como também admiradores destes relatos que pintavam cenas de um Oriente apenas imaginário. Um dos artistas mais famosos que utilizou temas orientalistas foi Eugène Delacroix.


Apesar de não constituir propriamente um movimento artístico, muitos dos orientalistas podem ser classificados como pintores acadêmicos. Estes artistas fundaram sociedades, como a Sociedade de Pintores Orientalistas Franceses (Société des Peintres Orientalistes Français) em 1893, para reunir artistas e ajudar no financiamento de suas viagens para o exterior.


Os temas podiam constituir tanto de paisagens e cenas cotidianas que buscavam retratar a beleza e o exotismo das terras e pessoas orientais, como também representações de momentos violentos ou dramáticos, como a pintura de Alfred Dehodencq, Le massacre de la Juive, que retrata a execução de uma judia no Marrocos. Estas temáticas enfatizavam as diferenças entre as culturas ocidental e oriental, tanto valorizando a oriental como sendo bela e pura, longe da vida moderna, ou a retratando negativamente como bárbara e imoral.


Temas semelhantes eram abordados na literatura, que foi contemporânea do início da antropologia, influenciando os autores a buscarem fazer narrativas “etnográficas”, além de literárias, do Oriente. Um tema tipicamente orientalista era a “literatura de harém”, que retratava a vida de nobres no Império Otomano, contendo elementos de sensualidade e exotismo.


A fascinação se manifestou também em contextos mais cotidianos, com a introdução de tecidos e estilos vestuários orientais na Europa, além da busca por móveis e louças de países asiáticos, que se tornaram símbolo de status e riqueza.


No imaginário ocidental a respeito do Extremo Oriente, as relações ao longo da História fomentaram um misto de fascínio pelas exóticas terras mas também de permanência de visões eurocêntricas que marginalizaram a influência oriental nos mais diversos âmbitos socioculturais.


Esta é uma parte do artigo da Wikipedia usado sob licença CC-BY-SA. O texto completo do artigo está aqui →

Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Orientalismo

Mostre mais ... Menos ...