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Ângelo de Sousa

Ângelo César Cardoso de Sousa

Ângelo César Cardoso de Sousa (Maputo, Moçambique, 2 de fevereiro de 1938 - Porto, 29 de março de 2011) foi um escultor, pintor, professor e desenhador português.

Autor de uma obra complexa, multifacetada, Ângelo de Sousa destaca-se como um dos artistas marcantes da segunda metade do século XX português. Ao longo das últimas décadas a sua obra foi alvo de importantes mostras individuais em alguns dos mais conceituados espaços expositivos portugueses, nomeadamente no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, no Museu de Arte Contemporânea (Fundação de Serralves) e no Centro Cultural de Belém.

Nascido em Lourenço Marques (atual Maputo), Ângelo de Sousa fixou-se no Porto em 1955. Matriculou-se na Escola de Belas-Artes, licenciando-se em Pintura com a nota máxima de 20 valores (viria por isso a integrar o grupo denominado Os Quatro Vintes, juntamente com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues).

Ângelo de Sousa viveu e trabalhou na cidade do Porto. Foi professor na Escola Superior de Belas-Artes (atual Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto) entre 1962 e 2000, ano em que se jubilou como professor catedrático. Em 1964 participou na fundação da Cooperativa Árvore. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do British Council na Saint Martin's School of Art e na Slade School of Fine Art, Londres (1967, 1968).

Após uma primeira exposição individual em 1959 (Galeria Divulgação, Porto), a sua obra tem sido apresentada em inúmeras mostras individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Entre as suas exposições individuais podem destacar-se: Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa (1972); Galeria Quadrum, Lisboa (1975); Centro de Arte Contemporânea, Museu Soares dos Reis, Porto (1976); Galeria Módulo, Porto (1979); Centro Cultural de Belém (1994); Museu de Arte Contemporânea de Serralves (1993, 2001); Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (2003, 2006); Galeria EMI - Valentim de Carvalho, Lisboa (1985, 1986, 1990, 1991); Galeria Quadrado Azul Porto (1992, 1995, 1997, 2000, 2001, 2003, 2006, 2007, 2008, 2009); etc.

Alguns dos seus desenhos ilustram livros de Eugénio de Andrade, Maria Alzira Seixo, Mário Cláudio, Fiama Hasse Pais Brandão, entre muitos outros. Foi galardoado com diversos prémios, entre os quais: Prémio Internacional na 13.ª Bienal de S. Paulo, 1975; Prémio EDP, Pintura, 2000; Prémio Gulbenkian, categoria Arte, Fundação Calouste Gulbenkian, 2007; etc.

Morreu em casa, após prolongada doença oncológica, em 29 de março de 2011

Pondo-se à margem das polémicas neorrealistas ou da figuração / abstração, a obra de Ângelo de Sousa começa a afirmar-se na década de 1960 através de uma nova-figuração atípica, alheia também à retórica da arte pop que então se afirmava internacionalmente, em favor do despojamento do vocabulário formal. Essas pinturas iniciais prolongam a investigação realizada em centenas e centenas de desenhos, onde toma por pretexto "formas ancestrais e quotidianas, simples e comuns, como uma árvore, uma flor, um rosto, um nariz […] mediante o registo rápido e elementar de figurações esquemáticas". Pinturas como Planta, 1962, Ponte, 1964 ou Cavalo, 1965, dão conta deste processo de trabalho, e do seu desejo de utilizar meios mínimos para alcançar efeitos máximos.

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