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Alexandre Mury

Alexandre de Carvalho Mury

Alexandre Mury é um multiartista dedicado à recriação de obras de arte icônicas e releituras de figuras do imaginário cultural. Seus autorretratos são performáticos desde a caracterização ao ato de registrar as fotografias. Os temas intrigam e dialogam com todos os períodos da História da Arte trazendo o olhar para o contemporâneo através da ressignificação dos objetos e sugestionamento de outras narrativas.

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa547205/alexandre-mury

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Alexandre de Carvalho Mury (São Fidélis, 1976) é um artista plástico brasileiro, indicado ao Prêmio PIPA em 2016. Mury é conhecido por dedicar-se tanto à recriação de obras preexistentes quanto a representações sem referencial fixo de figuras que compõem o imaginário cultural. As releituras do artista são fotografias performáticas que dialogam com todos os períodos da História da Arte trazendo o olhar para o Contemporâneo.


Filho de marceneiro e costureira, aprendeu habilidades manuais no convívio com os pais. Desde criança Mury desenhava e pintava e aos 16 anos começou a fotografar.


Em 1997, ingressou na Faculdade de Filosofia de Campos cursando Publicidade e Propaganda, que concluiu em 2001. Lecionou entre 2003 e 2006, no curso de Comunicação Social e atuou como diretor de arte em agências de publicidade de 2001 a 2010, tendo residido e trabalhado na cidade de Vitória, entre 2005 e 2010.


Tudo começou como uma brincadeira em casa, nos anos 90, onde realizava as fotografias com câmera analógica. Em 2002, quando surgiu o Fotolog, começou a postar na internet. Até que um dia, Afonso Costa, um famoso comerciante de arte, tomou conhecimento de seus autorretratos ao visitar um site e encontrar uma foto da qual gostou muito: uma releitura de um Narciso. O marchand tentou contato com Mury diversas vezes, sem sucesso. Até que o encontrou, por acaso, na abertura de uma exposição em Vitória, em 2008, quando surgiu o convite para representá-lo.


Em 2009, Mury conheceu Joaquim Paiva, o maior colecionador privado de fotografia do Brasil, que adquiriu uma série de 16 trabalhos. O comprador seguinte foi Gilberto Chateaubriand. Dois meses depois disso, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) incluiu trabalhos de Mury na mostra “Novas Aquisições 2007/2010”. Desse modo, pela primeira vez, os trabalhos de Alexandre Mury foram expostos em um museu.


Suas obras atualmente fazem parte de importantes coleções, como as de Joaquim Paiva e de Gilberto Chateaubriand, além da de Paula e Silvio Frota, diretores do Museu da Fotografia Fortaleza, no Ceará.


Para Mury, seu trabalho dá novos significados aos seres mitológicos, vultos históricos e ícones literários reelaborando o sentido original.


Ao contar sobre o processo de pesquisa de uma de suas releituras, na obra Ganímedes, Mury diz que apesar de ter encontrado cerca de dez mil imagens de referência, sua leitura não é um tableau vivant de nenhuma delas, mas sim, uma releitura do mito.


A sua releitura do “Abaporu”, que faz um diálogo com a obra icônica da Tarsila do Amaral, por exemplo, levou três dias, entre a busca de um cacto e de um local onde o pôr do sol ficasse exatamente no alinhamento, referenciando a composição dos elementos, como na obra original.


Para a curadora, Vanda Klabin, as obras não são apenas fotografias, mas instalações temporárias e performances que acabam por ser capturadas pela câmera, segundo ela: “É uma estética atual que define a heterogeneidade da arte contemporânea”.


A exposição exibiu 48 fotografias em grandes formatos. Os trabalhos apresentavam releituras de obras famosas, como o Abaporu, de Tarsila do Amaral, O Bebedor de Absinto, de Picasso e Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.

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