"O Estúdio do Artista" ou "Uma Alegoria Real de Uma Fase de Sete Anos no Maio Artístico e na Vida Moral" foi terminado em apenas seis semanas. Todas as figuras na pintura são representações alegóricas das figuras que Courbet descreveu em suas pinturas e foram todas reunidas no seu estúdio para ele pintar. As imagens incluem pessoas de todos os níveis da sociedade, incluindo seus amigos e conhecidos, um nu representando a tradição acadêmica da arte, uma criança e um cachorro; tudo isso enquanto Courbet está pintando uma paisagem. Em 1855, Courbet apresentou a pintura para ser exibida no Paris World Fair, mas ela foi recusada devido à falta de espaço (a tela media 3,35 metros por 6,09 metros). Courbet então pegou quarenta das suas pinturas e exibiu elas próximo à galeria em sua própria exibição.

Essa pintura de 6,09 é uma expressão do amor próprio de Courbet, do seu orgulho, da perseverança, do trabalho duro e do seu gênio revolucionário. Assim como ele elevou outros a heróis no seu "Enterro em Ornans", ele eleva a si mesmo como herói nesse trabalho. Com uma dose de egoísmo, Courbet expressa a ideia de que as coisas são feitas e as atitudes mudam, quando as pessoas pensam por si mesmas e desafiam o status quo. Courbet pinta a si mesmo de corpo inteiro, com o pincel na mão, trabalhando em uma pintura de paisagem. Seus amigos à direita são emblemáticos, e representam inovação, enquanto que o menino admirador é uma expressão da confiança de Courbet que o seu legado atravessará gerações. A modelo nu em pé, atrás do artista afirma sua grandiosidade e seu papel como musa. À esquerda está o trabalhador pobre que significa o reconhecimento de Courbet de que eles têm o direito de ser incluídos. Seu inimigo, Napoleão III, é apresentado como um caçador segurando uma arma, acompanhado dos seus cães. O queixo elevado e o olhar de Courbet derrota Napoleão com a cabeça abaixada, em uma expressão da vitória do inovador sobre o autoritário.